O Museu Palácio Joaquim Nabuco realizou, nessa terça, palestras sobre a preservação do patrimônio histórico em Pernambuco. O encontro é uma atividade da temporada cultural conhecida como Primavera dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro dos Museus. O objetivo da iniciativa é divulgar esses espaços de saber no País, aumentando assim o público visitante. Neste ano, o tema do evento é a educação e a promoção do conhecimento. A superintendente de Patrimônio Histórico da Alepe, Cínthia Barreto, destacou a relevância da discussão. “É extremamente importante esse diálogo, esse discursos, esses debates que ocorreram hoje para que o cidadão perceba a importância e adquira esse sentimento de pertence. Eu faço parte disso tudo, isso tudo me representa. Então, isso é muito valoroso para o cidadão, quando a gente demonstra através de palestras, através de fóruns, de debates, a cidadania, a democracia, o Parlamento.”
O pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Rodrigo Cantarelli, apresentou iniciativas do poder público para a preservação do patrimônio ao longo do século 20, como o inventário de monumentos na Mata Sul, a criação do Museu do Estado e a restauração da igreja da Madre de Deus, no Recife. Cantarelli ainda comemorou a aprovação pela Alepe, nesse mês, da lei que regulamenta a proteção do patrimônio imaterial em Pernambuco. “Todos os bens imateriais registrados no Estado eram, antigamente, feitos unicamente com iniciativa federal, por exemplo, o frevo, o maracatu, o caboclinho, todos são bens protegidos em nível federal. Mas não necessariamente todos os bens imateriais do Estado de Pernambuco têm uma importância, eles precisam de uma proteção federal. Uma preservação estadual pode dar conta muito bem disso. Eu acho que, a partir de agora, o Estado pode agir diretamente sem precisar do apoio do Governo federal nesse sentido.”
Esta é a nona vez em que a Alepe participa da Primavera dos Museus, que está na décima segunda edição. O evento também teve a presença do cineasta e animador Bruno Cabus, da professora do departamento de Expressões Gráficas da UFPE, Sandra Melo, da professora do departamento de História, também da UFPE, Maria do Rosário, além de estudantes dos cursos de pedagogia, história e arqueologia da universidade federal.